A Polícia Civil de Santa Catarina está investigando o desaparecimento de Salete Borges, de 55 anos, natural de Chapecó e residente em Nova Itaberaba, como um possível caso de feminicídio "por encomenda".
Salete Borges foi vista pela última vez no final da tarde de 23 de maio de 2025, após sair de sua residência na área rural de Nova Itaberaba, nas proximidades das linhas Amizade e Barra da Taquara, às margens do rio Chapecó. Testemunhas relataram tê-la visto por volta das 15h, enquanto visitava uma vizinha. Informações apuradas indicam que ela não levou consigo nenhum de seus pertences pessoais, incluindo aparelho celular e documentos.
Desde o desaparecimento, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar, familiares e moradores locais têm realizado buscas intensivas na área, mas até o momento, Salete não foi encontrada.
Após análise e verificação de diversas informações, a investigação policial adotou como principal linha a ocorrência de uma morte violenta da vítima. A suspeita é de que Salete Borges tenha sido morta a pauladas nas margens do rio por um indivíduo que teria recebido promessa de pagamento em dinheiro e a cessão de um imóvel em troca do crime.
Como resultado da investigação, na última sexta-feira, foram efetuadas as prisões cautelares de duas pessoas pela suposta prática do crime de feminicídio: o suposto autor e o suposto mandante. Tratam-se de dois homens, de 32 e 73 anos de idade, naturais de Chapecó e Passo Fundo, respectivamente.
O caso conta com o apoio constante do Corpo de Bombeiros Militar, que há mais de vinte dias auxilia nas buscas diárias pela mulher desaparecida, realizando diligências em mata, ar e água, inclusive com uso de cães farejadores, barcos e drones, porém, sem sucesso até o momento. O setor de assistência social da Prefeitura Municipal de Nova Itaberaba, que possui vastas informações sobre a área rural da região, também tem prestado relevante apoio à apuração do caso.
Devido ao grande volume de água recente no rio Chapecó e ao tempo decorrido desde o desaparecimento, as forças de segurança pedem a colaboração dos moradores ribeirinhos do rio Chapecó para que verifiquem as margens de suas propriedades e áreas de mata em auxílio às buscas nos próximos dias.
O último feminicídio registrado em Nova Itaberaba ocorreu em 2018 (o último feminicídio na área da 12ª DRP foi em fevereiro de 2025, em Chapecó), enquanto a última morte violenta (homicídio) em Nova Itaberaba havia sido em novembro de 2024.
A Polícia Civil permanece à disposição da população pelos canais tradicionais no número 181 e no site www.pc.sc.gov.br, bem como por meio do telefone direto da Delegacia de Polícia do Município (DPMu) de Nova Itaberaba: (49) 9 8837-8709.
